terça-feira, 28 de abril de 2009

Hostergorn: Ato 1. Like an Angel, cena 3:

Ela fica confusa, café não é algo que ela normalmente faz quando tem uma crise de sonambulismo, e ela não tem crises de sonambulismo desde a infância. Por algum motivo ela sente aquela incomoda sensação de frio na barriga, ansiedade ou medo, ela não sabe.
Encontra ele com o cuturno e a camiseta preta colada, agora de perto ele é bem maior e mais musculoso, e o ar androgena desaparecera, ele esta largado na cadeira e bebe o café com bastante gosto enquanto lê um gibi que ela nem lembrava que existia mais, e a teve esta ligada estranhamente em um canal cristão protestante.
Mesmo confusa ela sente vontade de gritar com ele, não tem direito de invadir a casa dos outros mas ela esta imóvel com os olhos congelados nele, que gargalha despreocupado.
_Ha este cara é uma Piada... Não concorda Raziel, digo Erika?
Ele a olha com seus profundos olhos azuis claros, com um sorriso malicioso nos lábios diz:

_Você não prometeu para sua mãe que iria parar de fumar? Faltar com a Palavra é pecado MEU ANJO.
Ela não consegue dizer nada, nem se mexer e não sabe por que este homem lhe atrai tanto, ele é muito belo mas é algo mais que lhe instiga os instintos, e este algo é mais forte que ela milhões de vezes, mas ainda sim sente um implacável medo do estranho. E quando ela finalmente consegue reagir o que diz é simplesmente:

_Quem é você?
Ele sorri abertamente.
_Sou Miguel, o anjo Miguel, o Arcanjo Miguel ou São Miguel, mas me chame so de Miguel.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Hostergorn: Ato 1, Apartamento e café forte. Cena 2

Claro que Erika desmontou assim que chegou em casa, e não é difícil saber qual fora seu percurso, as botas de veludo de inverno na sala, uma em cima do sofá, e a outra atrás do mesmo, a blusa sobre o abajur, e o soutien ao seu lado perto do radio relógio que a despertaria dentro de umas poucas horas, não que ela precise acordar de fato, mas não há como o pequeno aparelho programado conhecer uma ressaca moral e sentimental.
Já sonolenta entre o abismo dos sonhos e o lago bucólico do real, a pequena Erika tenta se lembrar se a chave que balança na fechadura trancou ou não a porta.

Mas já é tarde demais para isso, e o sono vence sua luta e ela simplesmente dorme, seu leito esta revirado por seu corpo que não para de se mexer, devido ao sono turbulento recheado de pesadelos terríveis.

Com muita dificuldade ela se remexe para seu despertar definitivo, ela olha de um lado e para o outro, o radio relógio grita desesperadamente e pelas horas ele esta assim a pelo menos quatro horas, seu barulho agudo e incisivo faz sua cabeça doer de uma forma terrível, e seu impulso foi o de apertar todos os botões com a mão esquerda enquanto a direita cobre a cabeça com o travesseiro... ela queria dormir para sempre e não enfrentar o mundo nunca mais... mas sua sede ira lhe arrancar da cama mais cedo ou mais tarde. E foi mais cedo do que ela mesmo imaginava, mas não a sede e sim a ancia de vomito, ela corre ate o banheiro, e la coloca para fora todo resto da noite. Seus sentidos se apuram como se fosse um efeito da limpeza em seu estomago, e ela consegue distinguir todos odores deste lugar, seu xampu e sabonete ate o café fresco da cozinha... Erika não fez café ainda.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Hostergorn...Estrelas. Ato 1/ cena 1

O lugar se encontra cheio, pessoas andando de um lado para o outro, riem alto, falam alto, todo barulho ali é muito alto, e isso incomoda imensamente a jovem que se encolhe no balcão do bar, e pede mais um wisk com gelo.
O bar parece perfeito para esta cena de autocomiseração. Erika bebe com uma careta a amarga bebida, e isso lhe serve de sinal que ela não passara do ponto ainda, o que de sertã forma a assusta, já foram sete doses esta noite, mas o dia maldito lhe permitia este ato de rebeldia, desde que ela pudesse chegar em casa e desmaiar. E este é o plano dos últimos quarenta minutos.
As pessoas continuam gritando suas vidas miseráveis, nos ouvidos dela, todos insensíveis a sua dor... “Maldito Rafael”, ela pensa neste momento naquele que ela pensa ser seu Ex-namorado, e estes malditos macacos estão gritando cada vez mais, aumenta o tom em direta relação que o álcool também é consumido loucamente.


Ela so quer continuar ali sem que nada nem ninguém lhe perturbe...


No pequeno palco do bar um homem bem vestido anuncia que o show desta noite ira começar em breve, ela se mantém no balcão sequer ouvira o aviso do homem, ela so quer mais um drink, ela observa inerte o barman que lhe serve a bebida com um ar de preocupação, e acha gentil da parte dele se importa, ele talvez seja o único preocupado com ela em todo universo.

Ela bebe o liquido do pequeno copo de dose como se fosse veneno se martirizando pelo termino de seu relacionamento. Quando ouve a voz que vem do outro lado do bar, uma voz estranha e bela, ela se hipnotiza pelo timbre que ouvira de fato nem por um segundo, e parece que todo o local sente a mesma coisa.

Seus longos cabelos escuros que se solta no ombro e seu belo violão que canta ao seu toque, seu rosto sem sexo, seus ombros e pele, ela já não se mantinha assim tão imparcial ao pequeno palco do bar na rua sete.

Erika esta estranha, ela sente um misto de atração física e uma espécie de medo pelo homem, que de fato so o é distinguível pela fisionomia corporal que é ate muito atlética, porem as feições do rosto é tal qual uma mulher, muito fino, mas ela se pergunta do por que deste estranho medo, é irracional. Mas ainda sim o desejo é bem mais ardente e forte que qualquer outro sentimento ali presente, mais ate que o Wisk.

Ele já cantara três musicas e parece sentir um prazer orgástico nos aplausos, mas seu sorriso é como facadas para Erika, pois a cada um destes o medo se remexe dentro dela, e ela não consegue explicar nada disso, ate que seus olhares se chocam no meio do publico que freneticamente aplaude o musico de cabelos longos e voz angelical.

Ele a olha infinitamente, parece que a Le como um livro, e seu sorriso toma uma cor e vida ainda mais intenso. Assim ele inicia um novo acorde:

“Pela marca que nos deixa
A ausência de som que emana das estrelas
Pela falta que nos faz
A nossa própria luz a nos orientar
Doido corpo que se move
É a solidão nos bares que a gente freqüenta
Pela mágica do dia
Que independeria da gente pensar
Não me fale do seu medo
Eu conheço inteira sua fantasia
E é como se fosse pouca
E a tua alegria não fosse bastar”


Foi demais para a garota, intimamente a musica foi para ela, e sem explicar ela, com dificuldade paga a conta, pega a bolsa e vai embora completamente embriagada, sendo seguida por um sorriso e um par de olhos satisfeitos.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Hostergorn: Advertencia...

Antes de iniciar o conto "Hostergorn" quero deixar bem claro que ele é um texto unicamente Ficcional, e nele contem trexos e dialogos que podem vira a ferir algum paradigma daqueles que o leem, então eu ja os advirto disso, e le-lo ou não é uma escolha sua logico, agora para os que resouverem, ler, eu agradeço e espero atender suas espectativas...


Uma boa leitura a todos.

Paulo Mendonça (Autor)