terça-feira, 7 de abril de 2009

Hostergorn...Estrelas. Ato 1/ cena 1

O lugar se encontra cheio, pessoas andando de um lado para o outro, riem alto, falam alto, todo barulho ali é muito alto, e isso incomoda imensamente a jovem que se encolhe no balcão do bar, e pede mais um wisk com gelo.
O bar parece perfeito para esta cena de autocomiseração. Erika bebe com uma careta a amarga bebida, e isso lhe serve de sinal que ela não passara do ponto ainda, o que de sertã forma a assusta, já foram sete doses esta noite, mas o dia maldito lhe permitia este ato de rebeldia, desde que ela pudesse chegar em casa e desmaiar. E este é o plano dos últimos quarenta minutos.
As pessoas continuam gritando suas vidas miseráveis, nos ouvidos dela, todos insensíveis a sua dor... “Maldito Rafael”, ela pensa neste momento naquele que ela pensa ser seu Ex-namorado, e estes malditos macacos estão gritando cada vez mais, aumenta o tom em direta relação que o álcool também é consumido loucamente.


Ela so quer continuar ali sem que nada nem ninguém lhe perturbe...


No pequeno palco do bar um homem bem vestido anuncia que o show desta noite ira começar em breve, ela se mantém no balcão sequer ouvira o aviso do homem, ela so quer mais um drink, ela observa inerte o barman que lhe serve a bebida com um ar de preocupação, e acha gentil da parte dele se importa, ele talvez seja o único preocupado com ela em todo universo.

Ela bebe o liquido do pequeno copo de dose como se fosse veneno se martirizando pelo termino de seu relacionamento. Quando ouve a voz que vem do outro lado do bar, uma voz estranha e bela, ela se hipnotiza pelo timbre que ouvira de fato nem por um segundo, e parece que todo o local sente a mesma coisa.

Seus longos cabelos escuros que se solta no ombro e seu belo violão que canta ao seu toque, seu rosto sem sexo, seus ombros e pele, ela já não se mantinha assim tão imparcial ao pequeno palco do bar na rua sete.

Erika esta estranha, ela sente um misto de atração física e uma espécie de medo pelo homem, que de fato so o é distinguível pela fisionomia corporal que é ate muito atlética, porem as feições do rosto é tal qual uma mulher, muito fino, mas ela se pergunta do por que deste estranho medo, é irracional. Mas ainda sim o desejo é bem mais ardente e forte que qualquer outro sentimento ali presente, mais ate que o Wisk.

Ele já cantara três musicas e parece sentir um prazer orgástico nos aplausos, mas seu sorriso é como facadas para Erika, pois a cada um destes o medo se remexe dentro dela, e ela não consegue explicar nada disso, ate que seus olhares se chocam no meio do publico que freneticamente aplaude o musico de cabelos longos e voz angelical.

Ele a olha infinitamente, parece que a Le como um livro, e seu sorriso toma uma cor e vida ainda mais intenso. Assim ele inicia um novo acorde:

“Pela marca que nos deixa
A ausência de som que emana das estrelas
Pela falta que nos faz
A nossa própria luz a nos orientar
Doido corpo que se move
É a solidão nos bares que a gente freqüenta
Pela mágica do dia
Que independeria da gente pensar
Não me fale do seu medo
Eu conheço inteira sua fantasia
E é como se fosse pouca
E a tua alegria não fosse bastar”


Foi demais para a garota, intimamente a musica foi para ela, e sem explicar ela, com dificuldade paga a conta, pega a bolsa e vai embora completamente embriagada, sendo seguida por um sorriso e um par de olhos satisfeitos.

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