terça-feira, 4 de novembro de 2008

Conto 1: Jhor


Ele olha para ela, imobilizada no chão de joelhos, com olhar de medo em direção a ele.Ele reflete sobre o que esta havendo aqui: “será que ainda há tempo? Será que não existe outra forma de saúva-la? Ela não tem culpa sua essência fora corrompida a mais de mil anos ela nasceu assim.”.Ele caminha lentamente em direção a ela ainda em devaneios, e ela treme pois sabe que ele é um ceifador, um mago da morte, especialista em assassinatos e que geralmente não perdoam um alvo. Ele por sua vez sabe bem a resposta de suas indagações e elas são as piores o possível, as lágrimas fecham seus olhos, ele se concentra e retira sua arma do paletó, esta tão indesejável companheira e esta noite ela se encontra ainda mais fria, gelada, como o machado do carrasco, um machado Magnum 44 negra, importada especialmente para ele, como colecionador... Ele resignado se inclina para ela que o evita se afastando, a imagem dela se afastando o marca profundamente, a mulher que ele sempre amou e foi fiel agora o teme, e com razões para tal, mas tanto ele quanto ela sabem bem o motivo disso.
_Você se arrepende de tudo? Maga infernal conhecida como arauto?_ Agora os olhos dela brilham com força negra, e ele reconhece que a mulher que já amou morreu a muito tempo. Ela não reage.
_Juro meu amor, vou matar o demônio que a sentenciou e eu vou puni-lo e então farei com que você renasça para uma vida sem trevas.
Ao dizer isso ele se levanta com lágrimas deixando seus olhos com um brilho de amargura e revolta, seu braço direito leva sua arma ate seus lábios e ele sussurra: _Seja mais uma vez minha justiça._ Olha para sua mulher e vê um demônio, com a habitual dureza de um assassino frio diz com um tom seguro e duro: _Eu com meus poderes te julgo, sentencio e executo, te dou uma nova chance te devolvo a trama para que assim renasça como alguém puro._ Ele beija a arma, e volta a ser só mais um homem amargurado, olha para o lado enquanto sua arma se vira para cabeça da maga, ele sente o tambor girar e o gatilho ficar mais duro, uma lágrima se solta fugitiva e rola em sua maçã do rosto, fazendo seu coração explodir e congelar, e sem que ele espere o som ecoa por todo galpão que fica no quais, logo seguido por algo caindo pesadamente e mole no chão. Quando a coragem permite que ele olhe ela já se encontra numa enorme poça de sangue.
Ele abaixa a cabeça e sai, mais frio, mais perto do demônio que acabara de destruir que ele mesmo pode imaginar, na entrada do galpão seu amigo indígena o aguarda.
O Índio tentar fazer algo, coloca a mão em seus ombros mas é bruscamente repelido: _Não há tempo índio, faça sua parte._ ele diz ascendendo um cigarro.
O Índio entra e pouco depois tudo explode e do meio das chamas ele sai segurando uma redoma que conte uma flor um lírio.
_Aqui esta a alma de sua mulher, não a deixe partir pois ela voltará com o demônio ainda impregnado nela, se tem certeza que fará assim leve-a contigo e quando estiver condições a liberte, esta jornada não é somente dela é sua também.


Assim tudo veio parar onde estamos...

2 comentários:

Felipe Lacerda Bicalho disse...

caraca... isso é bem melhor que aqueles blogs temáticos que você mantinha...é bem mais autoral, mais a sua cara...mais mendonça quie slaser, saca?
tá adicionado no meu blog! Vamos trocar figurinha e quebrar tudo!!
SORTE não que sorte é pra quem não sabe o que tá fazendo!
MUITO SUCESSO PRA TI!!!

do seu brother e sócio
Felipe Lacerda

Unknown disse...

Essa primeira parte é interessante, porém um pouco triste....
É do seu livro??

bjim