domingo, 2 de novembro de 2008

Parte 9 Caminho de pedras

Uma brisa cruel parece caçoar do cavaleiro, que esta olhando para o vulto negro e triste do navio que se afasta aos poucos. Sianodel esta no convés do navio, reparando nos contornos da ilha que acentua prepotente de frente a embarcação que se afasta derrotada, melancólico e triste o príncipe Elfo parece ter certeza de que aquela fora a ultima vez que vira o guerreiro Lambech seu amigo, e lamenta não ter podido se despedir da doce Lysolda, quanto ela deve estar sofrendo agora. Mas ele olhando para o céu negro tenta buscar esperanças em seu coração, e uma lágrima rola em sua face.
—Lambech, volte logo com Lysolda. Diz o elfo com uma amargura que segundo os marinheiros que observavam, faria ate mesmo o próprio Karveck se emocionar.
Malkov e Lambech começam sua desesperada jornada adentro da tenebrosa ilha, sem saber ao certo que lhes aguardam, correndo, mas ainda sim cautelosos os dois guerreiros seguem enfrente pela falta de orientação, conseguem ver o céu, pois o que parece toda ilha é deserta, nenhum sinal de coisa viva, Malkov em determinado momento parece ter ouvido algo atrás deles. Ele para forçando o guardião a parar também:
—O que ouve Malkov?
—Acho que ouvi algo senhor, algo que parece se arrastar.
—Rezemos para ter sido apenas uma impressão. — Diz Lambech continuando a correr em rumo a uma distante silhueta pontiaguda que desponta no norte.
—Veja Malkov o que lhe parece?
—Certamente não é uma montanha, senhor.
—Deve ser a pocilga daquele desgraçado, Atila-Neste instante Malkov teve a ligeira impressão de que Lambech não falava com ele e sim sozinho, já começara a suspeitar que os boatos da relação do guerreiro com a sacerdotisa fossem verdades, pois ele deve calcula que devem ter corrido desta forma mais de meio dia, e levando em consideração que duas ampulhetas daquele navio levara um dia. Já se passaram metade do tempo em que o elfo iria esperar antes de partir para Higa com a nau.
Avançaram por mais um tempo, duas horas de corrida, por um deserto sem obstáculos, trazendo em Malkov que o terreno desta lugar deve ser menos acidentadas que as estradas do reinado em Higa, eles repentinamente param sua desesperada empreitada, Malkov ofegante não suportava mais correr, percebe que Lambech não esta como ele ofegante nem si quer parece cansado, se não estivesse tão escuro poderia jurar que ele nem ao menos transpirava. Eles percebem que estão de frente um enorme portão, feito de aço forjado e fortemente reforçado, cinco vezes maior que Lambech, pelos dos lados um grande muro de pedras negras, igualmente imponente, e uma grande torre pontiaguda investe para o céu surgindo atraz do muro.
—Quem sois vós, insanos? Como ousam profanar tal terreno? Uma voz cavernosa e gutural surge do céu.
—Sou Lambech o guardião, diga-me infeliz, Atila o necromante esta nesta torre?
—Cuidado paladino, mas es ousado devo admirar isto em você. Diga-me você primeiro o que queres com o rei morto?
—Vou destruí-lo
—Me surpreendeste novamente.
—Diga de uma vez, ou desça para que possa obrigá-lo a falar.
Uma grande sombra com asas de corvo e do tamanho de um grande boi desce para junto dos guerreiros que se espantam ao ver a figura com três cabeças uma de leão, uma de um largato e outra de mulher que chora sangue, o dorso continua com um aspecto que lembra o de um grande leão. As grandes patas liga-se ao largato, tem seios de mulher humana e cauda de serpente.
—O que é você demônio?— Diz malkov se afastando rapidamente e sacando sua espada.
—Eu sou o que meu senhor Karveck chama de Quimera.
—Vai nos dizer dizer onde se esconde Atila ou teremos que lhe obrigar? Diz Lambech já com sua pesada arma em punhos.
—Não há necessidade disto paladino, Atila só poderá ser alcançado atravessando este portão.
—Então este é o covil do maldito. Diz o Guardião contemplando o grandioso portão.

A Quimera agita-se e repentinamente expele fogo para o ar de suas três gargantas.
—Não, e não ousem blasfemar sobre este terreno novamente ou meu fogo não será lançado para o ar.
—Que lugar é este?
—Esta é a tumba de Lisa a amaldiçoada ao sofrimento.
—Lisa?
—Sim, primeira filha do mago humano Zion.
—Por que a tumba da filha de Zion estaria aqui neste lugar?
—Por que aqui ela retirou sua vida e foi aqui a mais de mil anos que ela foi amaldiçoada por Karveck a sofrer eternamente, e apartir deste dia todos que aqui pisarem estariam amaldiçoados a também sofrerem.
—Temos que entrar.
—Não posso permitir. Uma baforada de fogo é expelido em direção dos guerreiros que quase não puderam se livrar.
Lambech se movimenta rápido e com um golpe decepa a cabeça de mulher da fera, de onde jorra um liquido negro que não parece sangue, o grotesco ser penda para um lado e cai agonizando.
—Co... Como sabia qual cabeça cortar guerreiro?
—Por que você é Lisa.
—Como sabia?
—Suas lágrimas, e pelo fato de não ter nos atacados com mais poder, poderia ter nos matados, você ainda é humana.
—Meu sofrimento é eterno guerreiro, eu reviverei nesta forma, quantas vezes for preciso... — Ao dizer isto o trágico monstro fica imóvel e depois se transforma em cinzas.

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