domingo, 2 de novembro de 2008

Parte 6 O senhor do destino

O dragão Grivar corta os céus em direção a seu covil, tendo em mente que os desejos de seu pai foram cumpridos, sentirá um orgulho de seu filho leal.
Contornando uma formação rochosa, pousa nas montanhas e põe-se a caminhar devido a seu cansaço. Amaldiçoa-se por ter se deixado ferir por aquele inseto estúpido, o que lhe rendeu um olho cego. Certamente seu pai o repreenderá por esse deslize.
—Humanos tem uma alma forte, eles não desistiram. Se eu tivesse pouco menos idade teria sido derrotado. Ate poderia gostar do espírito humano. — Neste momento ele é interrompido por uma voz poderosa.
—Não é hora para duvidar da causa, Grivar... - diz uma sombra que é logo ofuscada pelo sol nascente, uma sombra colossal de um ser cuja silhueta de suas asas cobre todo o corpo de Grivar. O dragão se encolhe.
—Meu senhor, meu Deus, meu pai, Karveck. Que honra é vê-lo depois de tanto tempo - Diz Grivar se agachando num sinal de reverência.
—Meu filho Grivar... Fizeste bem minha vontade. Agora aquela humana será a nova líder deles, Camilla ira reinar com ódio no coração. Esta é minha vontade, e minha vontade é a lei. Eldora, sua mãe, terá que retirar a proteção que estende sobre a raça humana. Para tanto terei que fazer sacrifícios, para que a guerra possa começar e culminar em uma iminente eliminação da raça humana. Terei que sacrificar a todos meus filhos.
Grivar treme, escondendo entre rochas seu olhos sangrando:
—Meu senhor, mas se teus filhos forem destruídos, como irá combater as armas humanas?
—Minha espada esta nas mãos de rei morto, meu filho. Todos vocês renascerão numa nova era, quando ao lado de tua mãe eu reinarei, pela eternidade.
Ao dizer isto, um poderoso sopro de um fogo negro consome toda a massa corporal do dragão, eliminando qualquer vestígio do que viera a ser o majestoso corpo de Grivar.
_E em meu reino não haverá espaço para os fracos, amado filho. Acaso achaste que não notei seu sangue gotejar as rochas? Nenhum dragão que seja maculado por macacos merece o fogo que expele.
E tão majestosamente quanto surgiu, Karveck alça vôo, e suas asas por um instante bloquearam a luz do sol, até sumir no céu azul, deixando no alto da montanha apenas as cinzas do que havia sido um de seus filhos.

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